Recados

Na 10ª edição da Festa da Igreja do Rosário dos Homens Pretos da Penha de França e de São Benedito da Penha, o Movimento Cultural Penha lançou o livro Recados – Memórias das relações entre a comunidade e o patrimônio (Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo).

O livro é resultado de uma década de trabalho dedicado a contribuir com a divulgação da importância histórica de um dos patrimônios remanescentes do Brasil Colônia: a Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos da Penha de França, em parcerias com escolas, grupos artísticos e de cultura popular de vários lugares do estado de São Paulo.

Resenha crítica

“O livro relata a história da sobrevivência da Igreja do Rosário da Penha através dos séculos, e também sistematiza a experiência do projeto cultural Recados aos Nossos Ancestrais, concebido e gerido pela comunidade desde 2006. […] Tem, como ponto de força, a organização da festa do Rosário, nos meses de junho, na frente da igreja. A partir da memória negra do bairro, estruturam-se ações nas escolas, nos espaços de participação política e nas organizações religiosas, evidenciando os limites da separação estanque entre todos esses campos.”

Prof. Renato Cymbalista Revista Pós, revista do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da FAU-USP, v. 19, n. 32, p. 259-260, dez. 2021. Leia resenha completa aqui: link

Informações técnicas
Organização: Movimento Cultural Penha
Ano lançamento: 2013
Formato: 21 × 21 cm
Acabamento: Brochura
Páginas: 96

Distribuição
A publicação teve distribuição gratuita a pesquisadores e instituições que desenvolvem trabalho na área da cultura e educação na perspectiva da aplicação da Lei n. 11.645/08.

Onde ler
O livro poderá ser acessado por meio de empréstimo em qualquer biblioteca pública municipal da cidade de São Paulo.

os autores

Carlos José Ferreira dos Santos, mais conhecido como Casé Angatu Xukuru Tupinambá, atualmente é professor efetivo na Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc – Ilhéus/Bahia) e doutor em História e Cultura pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU/USP). É autor dos livros: Nem Tudo Era Italiano: São Paulo e Pobreza – 1890-1915 (1998) e Identidade Urbana e Globalização – A formação dos múltiplos territórios em Guarulhos/SP (2006).

Edson Azevedo Barbosa é historiador e docente da rede pública de educação há mais de 20 anos. Foi um dos idealizadores do Projeto Uh-Batuk-erê junto aos alunos da EMEF Profa. Esmeralda Salles Pereira Ramos, na zona norte de São Paulo. É integrante e pesquisador do MCP.

Julio Cesar J Marcelino é pesquisador e produtor cultural há 20 anos, além de integrante do MCP, da Comunidade do Rosário dos Homens Pretos da Penha de França e do Grupo Ururay – Patrimônio Cultural. Atuou como articulador social em entidades sociais, mediando situações de conflito e ações comunitárias dentro e fora da comunidade do Jardim Pantanal em São Miguel. Foi coordenador de equipamentos públicos de cultura, como a Casa de Cultura de São Miguel e o Centro Cultural Penha, ambos da Secretaria Municipal de Cultura.

Oswaldo de Camargo é considerado um dos principais nomes da literatura negra brasileira contemporânea. É poeta, ficcionista, crítico e historiador da literatura. Participa ativamente da Associação Cultural do Negro, exercendo a função de diretor do Departamento de Cultura. Colabora também com os jornais da imprensa negra, como Novo Horizonte, Níger e O Ébano. Em 1978, integrou a primeira edição histórica dos Cadernos Negros e participou da fundação do grupo Quilombhoje. É autor de O Carro do Êxito (contos, 1972), A Descoberta do Frio (novela, 1979), A Razão da Chama (antologia, 1986), O Negro Escrito (estudo crítico, 1987) e Solano Trindade: aproximações (estudo crítico, 2012), entre outras obras.

Patrícia Freire de Almeida é pesquisadora formada em História pela Universidade Cruzeiro do Sul. Atua como produtora cultural há mais de 15 anos em diversos projetos e ações culturais. É integrante do MCP, da Comunidade do Rosário dos Homens Pretos da Penha de França e do Grupo Ururay – Patrimônio Cultural.

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