Nossa trajetória

O MCP surge em um contexto muito especial da história do Brasil: na década de 1980, com o fim da ditadura militar e a abertura política.

O período foi fértil para o surgimento de movimentos de diferentes segmentos e reivindicações sociais, e entre eles conformaram-se nas periferias da cidade de São Paulo movimentos populares de cultura.

Como um desses movimentos atuantes, o MCP em 1984 era formado por grupos de artistas e produtores culturais, que se encontravam no Teatro Martins Penna para eventos literários, de teatro e música, participando da organização das Praças de Arte no Largo do Rosário em 1985, além de compor a comissão executiva do I Congresso de Movimentos Populares de Cultura em outubro do mesmo ano.

Largo do Rosário, Altair e Nayara

De 1994 a 2000 o foco era a formação de público de teatro, no estímulo à criação de grupos amadores e na produção de festivais.

O MCP desenvolveu, de 1994 a 2000, o projeto Zona Leste, a Escola vai ao Teatro, ocupando o Teatro Martins Penna e o Teatro Flávio Império no Cangaíba, focando principalmente na formação de público de teatro, no estímulo à criação de grupos amadores e na produção de festivais envolvendo alunos de escolas públicas e privadas, chegando a um público de cerca de 9 mil pessoas em 2000. É desse período também a produção do jornal A Tribo, que trazia programações culturais da cidade, matérias sobre cultura e entrevistas com músicos como Itamar Assumpção, Belchior e o maestro Roberto Casemiro.

Em 2001 torna-se organização cultural e estabelece importantes parcerias. Em 2005 é reconhecido como Ponto de Cultura e, em 2010, como Pontinho de Cultura.

No início de 2001, o MCP passou por um processo de reestruturação, formalizando-se como organização cultural sem fins lucrativos, e estabeleceu parcerias com a Secretaria Municipal do Trabalho e a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) em 2002, pelo Programa Bolsa Trabalho; e com a Secretaria Municipal de Cultural em 2008 e 2009, pelo Programa VAI, desenvolvendo projetos de comunicação em mídias alternativas.

Em 2005, foi reconhecido por suas atividades como Ponto de Cultura e, em 2010, como Pontinho de Cultura, ambos programas federais do Ministério da Cultura. Também foi reconhecido como Ponto de Memória em 2011, pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram).

A partir de 2006, o MCP passou a atuar mais profundamente nas áreas de pesquisa histórica com a doação do acervo do memorialista Hedemir Linguitte, além das ações vinculadas ao Memorial Penha de França e, mais tarde, em 2014, ao Grupo Ururay, aproximando ainda mais suas ações a uma discussão sobre a história, a memória e os patrimônios culturais da Penha dentro de um contexto mais amplo de debate sobre bens culturais tombados pelos órgãos de proteção do patrimônio da zona leste da cidade de São Paulo.

Em 2019, chegou a atingir um público de cerca de 10 mil pessoas na tradicional Festa do Rosário da Penha.

Junto à Comunidade do Rosário, o MCP contribuiu para a reorganização da tradicional Festa da Igreja do Rosário dos Homens Pretos da Penha de França, que, só em 2019, chegou a atingir um público, durante o mês de junho, de cerca de 10 mil pessoas, reunindo mais de 22 grupos tradicionais e de pesquisa de diferentes ritmos populares vindos da grande São Paulo e de Minas Gerais. Com isso, os festejos foram consolidados como importante referência para a cultura popular afro-brasileira e indígena do município.

Há também a publicação de 5 pesquisas citadas em referências de cursos universitários que contabilizam 4,5 mil exemplares distribuídos gratuitamente, sem falar em dezenas de trabalhos acadêmicos e resenhas críticas desenvolvidas a partir dos materiais publicados.

Com mais de 20 anos de trabalho, a entidade apresenta um acúmulo de experiências, uma complexa rede de projetos e colaboradores, incluindo dezenas de grupos e artistas apoiados, conectando a própria história institucional à sua essência como movimento social e político.

Produção e registros audiovisuais

Nos destacamos na produção de conteúdo com o desenvolvimento de mais de 60 registros audiovisuais, entrevistas, documentários, clipes, palestras e cursos disponíveis em nosso canal Movimento Cultural Penha no YouTube.

Nossa voz

No que acreditamos

Missão

Desenvolver projetos e ações culturais de impacto social que contribuam para o desenvolvimento local da Penha e região – zona leste da cidade de São Paulo.

Visão

Envolver e sensibilizar pessoas com o território, suas memórias e seus bens culturais a fim de gerar pertencimento, novas ideias e mudanças.

Valores​

Construir ações e projetos baseados nos valores civilizatórios afro-brasileiros e indígenas presentes na cultura popular e tradicional; na responsabilidade quanto ao uso dos recursos materiais e à geração de resíduos; na valorização do trabalho digno e no respeito à diversidade.

PRemiações

Histórico de premiações concedidas aos nossos projetos e ações

Por órgãos do poder público das esferas municipal, estadual e federal. Reconhecimento da entidade como referência, sobretudo, no trabalho com memória e cultura popular afro-brasileira no município de São Paulo.

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